
Durante o período eleitoral, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) atuou intensamente para combater irregularidades nas eleições municipais. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Bahia registrou 4.055 denúncias de práticas ilícitas, com Salvador liderando o ranking com 1.327 ocorrências. Alagoinhas ocupa a segunda posição no estado, com 285 denúncias de irregularidades eleitorais, seguida por Camaçari, que registrou 214 casos.
Essas denúncias fazem parte dos mais de 53 mil processos envolvendo partidos e candidatos a prefeito e vereador na Bahia, onde duzentos promotores de Justiça eleitorais atuaram até o primeiro turno das eleições. De acordo com Millen Castro, coordenador do Núcleo de Apoio do Ministério Público (Nuel/MP-BA), as principais infrações registradas estão relacionadas à prática de ‘boca de urna’, com ocorrências em cidades como Floresta Azul, Paulo Afonso, Anagé e Caraíbas.
No estado, as denúncias mais frequentes foram relacionadas à propaganda irregular de candidatos a vereador, somando 1.901 ocorrências. Em seguida, houve 1.124 infrações cometidas por candidatos a prefeito e 1.015 por partidos, coligações ou federações.
No último final de semana, véspera das eleições, o Nuel recebeu 122 novas denúncias que foram distribuídas aos promotores responsáveis. Castro ressaltou que o trabalho do MP-BA continuará após as eleições, com as investigações seguindo até a diplomação dos eleitos, com o objetivo de responsabilizar os infratores.
Apesar das irregularidades, o processo eleitoral transcorreu de forma tranquila na maioria dos municípios baianos, com exceção de algumas filas longas em localidades da região metropolitana e orientações do MP sobre acessibilidade em Feira de Santana.
O combate às irregularidades eleitorais permanece uma prioridade para o MP-BA, reforçando a importância de um processo democrático transparente e justo.