O mercado ilegal gerou prejuízo de R$ 336,8 bilhões ao Brasil em 2021, o equivale ao Produto Interno Bruto (PIB) somado da Bahia e de Sergipe, segundo informou nesta quinta-feira (4) entidades empresariais do Rio de Janeiro. As informações são da Folha de S.Paulo.
Dentro do pesquisado, inclui os efeitos de ações como contrabando, pirataria, concorrência desleal por fraude fiscal, sonegação de impostos e furto de serviços públicos.
A nota técnica pontuou que do total, R$ 95 bilhões são de tributos que não foram recolhidos e que poderiam ser revertidos em bem-estar para a sociedade.
O levantamento foi produzido em uma parceria entre ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro), Fecomércio RJ (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro) e Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).
No início de 2022, as entidades criaram um grupo para analisar o tema, consolidando dados do impacto do mercado ilegal em 16 atividades econômicas, além dos serviços de fornecimento de energia elétrica e água, que integram a área de infraestrutura.
De acordo com a pesquisa, o mercado ilegal prejudicou a criação de 535,7 mil empregos formais no país.
Entre as atividades econômicas avaliadas e prejuízos:
-R$ 60 bilhões em vestuário;
– R$ 26 bilhões em combustíveis;
– R$ 21 bilhões em cosméticos;
– R$ 17,6 bilhões em bebidas alcoólicas com ;
– R$ 15,1 bilhões em defensivos agrícolas;
– R$ 15 bilhões em TV por assinatura e
– R$ 13,3 bilhões cigarros.
Em relação aos serviços de infraestrutura, o grupo de trabalho indicou que os custos com furtos de energia, chamados popularmente de “gatos”, registraram a marca de R$ 6,5 bilhões no ano passado.
Os dados apontaram que, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o índice de perdas não-técnicas –como o furto de energia– é de 15% no Brasil. Na região Norte, o valor supera 50%.
As entidades também afirmam que, conforme dados da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), a quantidade de luz furtada no Brasil seria suficiente para atender durante um ano o estado do Rio de Janeiro.
O grupo de trabalho mostrou que em R$ 20 bilhões o custo provocado pelas ligações ilegais na rede de abastecimento de água no país em 2021.
Fonte: Bahia.ba