Gêmeos: PRF apreende duas Hilux trafegando clonadas na BR 101

O primeiro caso foi registrado em Santo Antônio de Jesus, já o segundo, em Alagoinhas

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fonte: Nucom PRF BA

Foto: Divulgação/PRF na Bahia

Duas ocorrências registradas em um intervalo de apenas 1 hora marcou uma das ações de combate às fraudes veiculares registrada pela PRF BA nesta quarta-feira (27), em trechos da Delegacia de Simões Filho (BA). Duas caminhonetes Hilux da mesma cor e com a mesma placa foram apreendidos após serem flagrados com placas falsas.

Tudo começou, por volta das 11h50, quando uma equipe da PRF fazia fiscalizações em trecho de Santo Antônio de Jesus (Km 264 da BR 101) e deu ordem de parada a Hilux, de cor branca, emplacada em Betim (MG).

Durante a fiscalização no veículo, os policiais desconfiaram de alguns sinais de identificação e aprofundaram a verificação. Após algumas consultas a equipe constatou que o veículo tratava-se de um clone.

O condutor da caminhonete afirmou para a equipe da PRF que o veículo era de propriedade do patrão dele, que posteriormente foi identificado e compareceu no posto da PRF e confessou que adquiriu a caminhonete há cerca de 15 dias na cidade de Valença e assumiu o compromisso de pagar parcelas mensais. Por fim, informou que trabalha com rifas.

Configurado o crime de receptação de veículo roubado (art. 180 do CP), a ocorrência foi apresentada na Delegacia de Polícia Civil para lavratura do flagrante.

Já por volta das 12h50, em Alagoinhas, os policiais abordaram a segunda Hilux que também circulava com placa idêntica a do primeiro flagrante realizado em Santo Antônio de Jesus. A caminhonete era conduzida por uma mulher de 33 anos que reside em Entre Rios (BA).

Durante a vistoria na Hilux, os policiais perceberam que o veículo estava com os caracteres adulterados, inclusive ostentava placa e documento de outro veículo de mesma marca e modelo.

Após consulta ao sistema de dados, os policiais constataram se tratar na realidade de um veículo roubado na cidade de Camaçari.

Questionado, a condutora disse que o carro pertencia ao esposo dela. O homem se apresentou no posto da PRF e relatou que comprou o veículo mediante troca em um Corolla e mais o pagamento em dinheiro.

Em seguida, o casal e o veículo recuperado foram encaminhados para a Central da Delegacia de Polícia Civil, para formalização dos procedimentos pelos crimes de receptação (art. 180) e de adulteração (art.311), ambos do Código Penal.

Os policiais conseguiram verificar também veículo original encontra-se circulando de forma regular no estado do Mato Grosso. Foi um excelente trabalho realizado pelos policiais rodoviários federais da Bahia, retirando de circulação dois ‘clones’ que com certeza causou muita dor de cabeça à vítima do crime e onerando o bolso do legítimo proprietário, com multas diversas referente a autuações de infrações de trânsito por lugares por onde nunca trafegou e também pontos na carteira de habilitação.

Clonagem não é um crime tão raro

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Bahia recuperou até ontem (20/04) desse ano 505 veículos que circulavam com registro de roubo, furto ou clonado pelas rodovias federais que cortam o estado. A média de veículos recuperados em 2023 é de quase 2 veículos por dia, representando o esforço contínuo do órgão no enfrentamento à criminalidade.

Na clonagem (cabrito), os criminosos trocam a identificação do veículo e seus documentos para que pareça ser um veículo regular. Neste momento o veículo recebe placas de outro veículo com características semelhantes e o proprietário desse veículo, que se encontra em situação regular, torna-se a segunda vítima dos criminosos pois passa, muitas vezes, a receber multas de trânsito e pontos na carteira (CNH) por infrações relacionadas ao veículo clonado e, em algumas situações o proprietário paga as multas sem ter conhecimento real do cometimento da infração.

Em suas ações, a PRF verifica uma série de modalidades que giram em torno dos crimes relacionados às fraudes veiculares. Essas modalidades vão desde o simples furto/roubo do veículo passando pela utilização de documentos falsos e receptação, o que pode dificultar a identificação do crime e por isso exige uma fiscalização minuciosa por parte dos policiais.

Outra modalidade utilizada é a revenda, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados, muitas vezes negociados em sites na internet por valores inferiores ao preço real do veículo. Nesta fase do crime temos a terceira vítima em potencial, o comprador que, inadvertidamente, passa a ter a posse do veículo clonado.

Sistema SINAL

A PRF conta com sistemas que possibilitam identificar se os veículos possui restrições, bem como se a documentação é autêntica. Dentre os sistemas, a PRF dispõe do SINAL que através de informações inseridas pelo próprio cidadão, possibilita o acionamento de equipes de policiais em um raio de 100 quilômetros do local da ocorrência, para auxiliar na recuperação do veículo.

Para isso, o cidadão que tiver seu veículo roubado, furtado, com perda de sinal, em seqüestro ou clonado, poderá fazer um cadastro do referido veículo no portal da PRF através do site www.prf.gov.br/sinal e inserir informações sobre o crime e as características do automóvel.

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