A carne de frango é a mais consumida no Brasil, presente em 94% das casas, segundo pesquisa do Centro de Assessoria e Pesquisa de Mercado (CEAP). O processo de criação está ligado à chocagem, pois é dela que surgem os pintinhos que, posteriormente, se transformam em frangos adultos prontos para o abate. O chocar dos ovos é influenciado por vários fatores, como luz e temperatura. Pensando em elaborar um mecanismo que faça esse processo de forma automática, remota e de baixo custo, os alunos do Instituto Federal Baiano (IFBaiano), Campus Guanambi, Alisson Livio, Emerson Alencar, Iuri Pereira e Luís Fernando, orientados por Woquiton Lima, criaram uma chocadeira automática.
De acordo com Emerson, para elaborar a chocadeira foi usado madeira, para criar a caixa, grade de ferro, para dar sustentação aos ovos, um motor de microondas, um controlador ESP8266, dois relês e dois sensores, um de temperatura e outro de movimento. “Além do controle da temperatura, o produto oferece a capacidade de controlar a umidade, acionando a ventoinha quando necessário. O mecanismo também permite a rolagem dos ovos, evitando que o embrião grude na casca. Todas essas ferramentas funcionam de forma automática e independente”.
A chocadeira é composta pela camada física, representada pela própria estrutura da máquina; a camada de aplicação, que consiste no software ou aplicativo utilizado para operá-la; e a camada de comunicação, que se refere à rede Wi-Fi. “O aplicativo da chocadeira oferece ao usuário a capacidade de monitorar em tempo real o ambiente dentro da chocadeira e realizar o controle completo. Isso inclui ligar ou desligar a lâmpada e a ventoinha, bem como programar a rolagem dos ovos no horário desejado. O app também fornece gráficos que exibem o histórico de temperatura e umidade, permitindo ao usuário acompanhar o progresso da incubação”.
O estudante explica que o foco da ideia é auxiliar, de forma mais barata, os produtores da sua região. “Nosso objetivo é criar uma chocadeira acessível para pequenos produtores, incorporando tecnologia para melhorar sua eficiência na produção. Já temos um protótipo testado e em funcionamento. O próximo passo será desenvolver isso em grande escala, em um viveiro de galinhas, por exemplo”. O projeto contou também com o apoio dos professores Lucas Landim e Maria do Socorro.
Fonte: Ascom/Secti