Aconteceu na noite de quarta-feira (10), no auditório da UNIRB, o Seminário Maria da Penha: 16 anos de conquistas, avanços e desafios, dentro da agenda da Campanha Não se Cale, construída em conjunto com o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher. O evento trouxe esclarecimentos importantes, que serão multiplicados pelos universitários, e faz parte do Agosto Lilás, promovido pela Prefeitura Municipal de Alagoinhas , por meio da Secretaria de Assistência Social (SEMAS).
“No dia 07 de agosto, a Lei Maria da Penha completou aniversário e aproveitamos também parar comemorar essa conquista, além de qualificar os nossos profissionais com esse evento acadêmico”, disse o Secretário da pasta Rui Costa Brito. “Temos uma rede de proteção pronta para o acolhimento das mulheres que são vítimas da violência doméstica, para que elas possam sair desse ciclo violento e obter a autonomia tão almejada”, reforçou Rui.
Conhecedora profunda do tema, a bacharel em Direito Amanda Laura Góes – Assessora Jurídica do Gabinete do juiz Dr. Luciano Ribeiro Guimarães Filho (titular da 2ª Vara Criminal e de Violência Doméstica da Comarca de Alagoinhas) – trouxe dados estatísticos e apresentou os principais aspectos que compõem o ciclo de violência, fazendo um alerta e despertando no público a tarefa de se engajar nesssa luta.
A estudante de fisioterapia Marlene Roberta dos Santos, com 24 de idade, salientou a importância do seminário para a sociedade e lembrou os 16 anos da Lei 11.340. “É sempre bom enfatizar os avanços, desde então, e rever o que deve ser melhorado para garantir que os direitos de todas as mulheres não continuem sendo violados”.
“É difícil conhecer alguém que nunca tenha visto ou ouvido falar de uma vítima de violência contra a mulher ou feminicidio. É um tema diário em jornais e boletins informativos que sempre apresentam casos recentes. E exatamente por causa disso, vemos que há a necessidade de meter a colher nas brigas de casal, e além disso, denunciar”, se posicionou a estudante de Direito Letícia Bruno.
“Violência não é um caso de ‘privacidade’ entre o casal, mas um problema de todos – principalmente se considerarmos a quantidade de mulheres que sofrem não sendo apenas esposas, mas também mães. A violência contra a mulher traumatiza não apenas a mulher em si, mas também a todo um conjunto, incluindo crianças e outros dependentes que podem também vir a sofrer maus tratos do agressor”, complementou a estudante de Direito, trazendo a consciência esclarecida sobre o tema.
Participaram da Mesa Solene, o Secretário Municipal de Assistência Social Rui Costa; a Representante da UNIRB professora Luciana Labidel, coordenadora do curso de Bacharelado em Nutrição e Vice-Presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher; a Coordenadora da Patrulha Maria da Penha Bárbara Janaina; a Presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher Renata Fortaleza; e representando o Ministério Público, a Analista Jurídica Selma Tavares.
A Presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, Conselheira do Conselho de Mulheres e Procuradora Adjunta da Procuradoria Especial da Mulher da Casa Legislativa, a vereadora Juci Cardoso também participou do Seminário, trazendo contribuições para o fortalecimento dos serviços. A Defensoria Pública e a Delegacia Especial da Mulher justificaram a ausência.