Poluição sonora continua sendo um grave problema em Alagoinhas

Foto: Vanderley Soares/Gazeta dos Municípios

Apesar da atuação conjunta dos órgãos de fiscalização, que autuam os infratores, mas, principalmente em bares e igrejas, o tema poluição sonora continua sendo tratado como uma coisa menor em Alagoinhas.

Diariamente é possível flagrar um, dois, três, dez, 20 carros de som passando com seus potentes equipamentos em frente de hospitais e clínicas, órgãos públicos e escolas, sem tomar o cuidado de baixar o volume e respeitar as pessoas que estão em tratamento ou trabalhando.

As Leis que disciplinam o setor são rigorosas, mas poucos seguem. A Lei Municipal que trata do assunto traz punições severas para os infratores, mas o volume de infratores é grande para o número de fiscais para aplicar as sanções. Como toda regra, a excessão é aplicada para alguns poucos que cumprem as leis.

As igrejas também não passam ao largo desse descumprimento. Com raríssimas excessões, a maioria faz dos templos verdadeiros centros de eventos, com volumes que extrapolam os decíbeis previstos em lei.

O número de carros particulares transitando pela cidade com volume excessivo também é preocupante, mas poucos motoristas são punidos pela infração, pois a maioria agora usa o carro em movimento, pois parados seriam facilmente punidos pela operação conjunta dos órgãos de fiscalização.

Depois do fechamento de clubes como Acra, limitação de festas no Tênis Clube e fechamento de espaços provisórios, as grandes festas de Alagoinhas agora são realizadas num terreno da Prefeitura na rua Luiz Viana.

O terreno, que por pouco não foi vendido na gestão passada, foi doado pela Petrobras à administração nos idos de 1980, e até hoje não encontrou abrigo na administração para fazer o que vinha sendo pensado há decadas, o Centro Administrativo.

Com a cessão de uso do antigo prédio administrativo da Coelba à prefeitura houve uma acomodação, e o terreno na Luiz Viana vai ficando para parques, circos e festas. A de ontem, com Pablo, conseguiu unanimidade, não pela festa, mas pelo barulho.

Iniciando por volta das 22h, a festa de Pablo e Tayrone, organizada por um vereador da cidade, conseguiu desagradar a metade da cidade, pois o som utilizado foi ouvido não apenas nas imediações, mas extrapolou o centro e chegou a bairros como Santa Isabel, 15 de novembro, Alagoinhas Velha e Praça Kennedy.

Os moradores do Loteamento Coelho Robatto, em frente ao Colégio Modelo, se manifestaram quando da realização de uma festa Gospel no ano passado, que iniciou à tarde, mas terminou pontualmente às 22h, de acordo com a Lei Municipal.

Já passava das 4h da manhã e a festa de Pablo e Tayrone não havia terminado. Revoltados, os moradores prometem acionar o Ministério Público contra a realização de festas desse porte, pois alegam que a área é estritamente domiciliar, não podendo ser utilizada para fins festivos e com abuso de decibéis em sua sonorização.

Além do incômodo sonoro, a festa trouxe sujeira, mal cheiro e desconfiança aos moradores da área. Apesar da vigilância ostensiva da Polícia Militar com viaturas circulando no local e entorno da festa, os mijões usaram os muros e carros estacionados nos canteiros para fazer suas festas particulares.

Hoje pela manhã o mal cheiro era grande no local. Com a chuva que caiu no início da tarde a esperança dos moradores era que a sujeira fosse lavada, mas o volume foi pequeno, o que provocou foi uma propagação do mal cheiro deixado no local, exalando uma fedentina insuportável.

Do Gazeta dos Municípios

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