O boletim epidemiológico Nº 01/2023 divulgado pela Secretaria da Saúde de Alagoinhas (SESAU), mostra que em 2023, até a Semana Epidemiológica 33, foram notificados 07 casos suspeitos de meningite em Alagoinhas. Destes, apenas um caso foi confirmado (agosto) para outras meningites com etiologia não especificada, sendo ele uma pessoa do sexo masculino com 44 anos. Importante destacar que não houve ocorrência de óbito relacionado a meningite no município no período analisado.
Segundo Boletim epidemiológico Meningites n º 01, fevereiro de 2023 da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (SESAB) e Superintendência de Vigilância epidemiológica (SUVISA), a Bahia mantém o comportamento epidemiológico padrão de endemicidade, com coeficiente de incidência, inclusive inferior, comparado ao mesmo período de 2018/2019, anos anteriores à pandemia de COVID-19.
A melhor forma de prevenir à doença é através da vacina é. Na rede pública estão disponíveis para crianças menores de 1 ano até 4 anos, as vacinas Pneumocócica 10 Valente Conjugada, Meningocócica C Conjugada, Pentavalente e BCG, que protegem contra alguns tipos de meningite bacteriana. A vacina meningocócica ACWY (Conjugada) foi implantada na rotina de vacinação dos adolescentes em 2020 para as idades de 11 e 12 anos. As vacinas contra meningites também são disponibilizadas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) conforme indicação no manual desses Centros:
No ano de 2022, Alagoinhas atingiu cobertura vacinal (CV) de 62,03% para a vacina Meningococica C conjugada, ficando abaixo da meta preconizada (95%). Em 2023, a CV a está em 49,29% (até a data analisada), mantendo o mesmo padrão quando comparado ao ano anterior.
O aumento do número de pessoas suscetíveis devido a coberturas vacinais inadequadas dificulta o controle das doenças imunopreviníveis, favorecendo a ocorrência de surtos e epidemias, e elevação da morbimortalidade.
Sobre as Meningites
A meningite trata-se de um processo inflamatório que atinge as meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, fungos e parasitas; bem como por processos não infecciosos, a exemplo de neoplasias, traumatismos ou medicamentos.
As meningites virais e bacterianas são consideradas de maior importância devido a sua magnitude, capacidade de provocar surtos e, no caso das meningites bacterianas, a gravidade. No Brasil, a meningite é considerada endêmica com ocorrência de casos ao longo do ano, sendo as meningites bacterianas mais comuns no outono-inverno e as virais na primavera/verão.
O caso suspeito de meningite (criança ou adulto) apresenta os seguintes sinais e sintomas: dor de cabeça, vômito, febre alta, rigidez de nuca, sonolência, prostração, sinais de irritação meníngea (Kernig/Brudzinski), convulsões e/ ou manchas vermelhas no corpo.
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde – Vigilância Epidemiológica