No mês em que é comemorado o Setembro Verde, a equipe do Hospital Regional Dantas Bião (HRDB), em Alagoinhas, registrou, nesta quinta-feira (29), mais uma captação de órgãos. O gesto de amor da família da doadora F. B. S. beneficiará pacientes que esperam na fila por um transplante.
A doadora teve o diagnóstico de morte encefálica confirmada e, após realização de todos os testes comprobatórios determinados pela legislação brasileira, e seguidos os requisitos do processo, que incluem a concordância da família do doador, aconteceu a captação do fígado e dos rins.
A enfermeira responsável pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HRDB, Lashime Andrade, informa que o paciente com diagnóstico de morte encefálica internado em hospital é um doador em potencial e após essa confirmação o contato e diálogo com a família é crucial. “A família é informada da possibilidade de doação dos órgãos, onde procuramos tirar todas as dúvidas e detalhamos todo o processo de captação. Caso a família concorde, uma série de exames é feito para confirmar o diagnóstico; inclusive a notificação da morte encefálica é obrigatória por lei.”.
Para se tornar um doador de órgão não é necessário registrar por escrito, mas é importante informar aos familiares do desejo de ser doador. Atualmente a fila de espera para transplante tem em média 2.300 pessoas. Para transplante renal são 1.031.
De acordo com dados da Coordenação do Sistema Estadual de Transplantes (Coset), da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o número de pessoas que resistem a autorizar o transplante de órgãos de parentes, na Bahia, ainda é muito alto. De cada 10 famílias baianas, apenas três autorizam o procedimento, após o falecimento do parente, enquanto a fila de quem depende deste procedimento tem crescido nos últimos anos.
Da Ascom/HRDB