Familiares da paciente Rafaela Reis Santos, que estava grávida de nove meses, acusam a Maternidade Municipal de Alagoinhas de negligência pela morte do bebê. Segundo Crêmilda Oliveira Reis, mãe de Rafaela, a filha fez o pré-natal corretamente, além de todas as ultrassonografias.
Na última terça-feira (16/5), porém, a então gestante foi até a unidade de saúde com um relatório médico informando que a mesma estava com quarenta e uma semanas. Mas, ao chegar na maternidade, uma médica teria informado que a paciente estava com cinco dias a mais do que apontava o relatório.
Ainda na terça, por volta das 21h30, Rafaela e Crêmilda retornaram ao local, onde a primeira ficou internada até quarta-feira (17/5), quando recebeu medicação, à base de soro, pelo fato de a bolsa ter sido estourada.
Uma médica teria examinado a paciente, na manhã do dia 17, e verificado que o coração da bebê estava normal, por volta das 11h. Já depois das 12h, uma enfermeira a examinou novamente e constatou que os batimentos cardíacos estavam fracos, mas não informaram isso à família, de acordo com Crêmilda.
Mais tarde, As 14h30 a paciente foi examinada novamente e permaneceu no balão de oxigênio, depois tiraram e colocaram novamente. Na madrugada desta quinta-feira (18/5), Rafaela foi levada às pressas para a sala de cirurgia para realizar a cesariana. Segundo a família, a criança nasceu, chorou e estava sangrando pelo nariz, vindo a óbito em seguida.
Revoltados, os familiares acusaram a médica, “Mônica”, e a maternidade municipal de negligência.
À reportagem, o diretor da maternidade, Felipe, disse que não podia falar sobre o caso, somente com a autorização do secretário municipal de saúde, que deve tomar uma posição sobre o assunto. Ele informou que já tinha prestado todos os esclarecimentos aos familiares.
Reportagem: Silvestre Santos / APO