
Segundo dados divulgados no site do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, a cidade de Alagoinhas possui 94.177 eleitores, mas o que chama a atenção é o número de analfabetos, 2,78%, muito acima de cidades do mesmo porte, mas também abaixo da grande maioria dos municípios menores, que têm índices superiores a 3%.
Com menos de 100 mil eleitores depois do recadastramento biométrico, Alagoinhas perdeu três posições no ranking dos maiores Colégios Eleitorais da Bahia, ficando em 13º lugar, atrás de Barreiras, Teixeira de Freitas, Lauro de Freitas, Jequié, Ilhéus, Juazeiro, Itabuna, Camaçari, Vitória da Conquista, Feira de Santana e Salvador.
O relatório do Tribunal traz um gráfico que mostra a queda no número de eleitores em relação a anos anteriores. Em 2008, por exemplo, o eleitorado de Alagoinhas era superior aos atuais 94 mil eleitores. Em 2014 superou a casa dos 106 mil eleitores, ficando entre os 8 maiores Colégios Eleitorais da Bahia. A queda vertiginosa no número de eleitores pode ter um impacto muito grande na hora da votação. As mulheres continuam sendo maioria entre os eleitores com 54% contra 46% dos homens.
Os analistas políticos da cidade veem com preocupação essa curva decrescente do eleitorado, arriscando palpites que o número de abstenções vai superar a todas as eleições anteriores. A corrupção, a falta de investimento em áreas fundamentais como saúde, educação e infraestrutura podem desanimar o eleitor e tornar a evasão um dado fundamental na hora da contagem dos votos.
O TSE informa ainda que dos 94.177 eleitores aptos ao voto, 132 votarão ainda pelo sistema antigo, sem a biometria. Mesmo assim, o site não registra como sistema híbrido, onde as duas possibilidades são enumeradas.
Ainda sobre Alagoinhas, o site do TSE traz informações sobre o grau de formação dos eleitores, com maior número para os de formação de nível médio, com 35,14%, com nível superior completo, apenas 8,07%, ensino médio incompleto 12%, lê e escreve apenas 11% e ensino fundamental incompleto com 21% da população eleitoral.
O eleitorado juvenil, na faixa de 16 anos, registrou um número muito pequeno, 0,29%, enquanto a população entre 30 e 34 anos registra o maior contingente eleitoral, com 12,37%. Os idosos, com idade acima dos 65 anos até 70 anos de idade registra um volume razoável, com cerca de 8% da população eleitoral. Essa é a parcela da população que mais reclama das condições de votação. Transporte e acessibilidade aos locais de votação são colocados por eles como os maiores entraves no dia da votação.
*Redação com Gazeta dos Municípios